sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Confraternizações de Fim de Ano

Todo final de ano somos testados por algumas maratonas que nos são impostas: o término das obrigações profissionais ante as tão esperadas férias, as compras de Natal e as confraternizações de fim de ano. 
Sou atingida pela primeira maratona, embora em graus variáveis pois em meu emprego a intensidade de trabalho nessa época varia muito de ano pra ano - trabalhamos em projetos diversos, e conforme o projeto e seu calendário, temos um fim de ano mais ou menos movimentado. Não sou muito atingida pela maratona das compras de fim de ano pelo simples fato de ter por princípios não me sentir obrigada a distribuir presentes de Natal. Além disso, o grande apreço que tenho pelo sentido verdadeiro da data e minha total falta de paciência com aglomerações que não sejam as de blocos de carnaval me mantém afastada dos shoppings e centros comerciais nessa época.
No entanto, sou totalmente atingida e nocauteada pela terceira maratona, a das confraternizações de fim de ano. Acabo de chegar de uma, por sinal. Vocês podem estar achando que tô exagerando, que não cansa sentar numa mesa de bar por umas horas com os amigos...mas eu defendo que participar de uma extensa programação de confraternizações de fim de ano é  sim como participar de uma maratona. Basicamente,  porque pode ser tão desgastante como correr 42 km, e também porque o preparo físico é fundamental para o sucesso ou o fracasso da empreitada. Se você for uma pessoa sociável como eu, que participo de vários grupos de amizades, receberá incontáveis convites. E se você é sociável é gregário, então fará o possível para participar de todos os eventos, e aí começará a tua ruína. É como se você resolvesse começar a corrida sem ter técnica nenhuma, mas tua alegria por estar ali é tão grande que você segue em frente, acreditando que o encontro com a linha de chegada aliviará todas as tuas dores. Mas no meio do caminho você já começa a se sentir exausto, e fica se perguntando por que foi entrar nessa. Não que eu questione o fato de estar com meus amigos, mas questiono por que eu sempre forço meu corpo além do que ele suporta. E pra quem acha que não há sobrecarga física nenhuma em participar da maratona das confraternizações, pense só no quanto de besteira que você come no mês de dezembro em amigos ocultos, almocinhos, happy hours, lanchinhos e o escambáu. Mesmo quem não segue uma alimentação regrada vai sentir os efeitos dessa comilança.
Estou me sentindo muito cansada. Mas não vou melhorar, pois comecei a corrida e ainda faltam muitos quilômetros pra que ela chegue ao fim. Eu não vou desistir, mas vou tentar pelo menos não chegar ao final pior do que já estou.
Bem, caras leitoras, espero sobreviver a essa maratona, e voltar a esse espaço em breve, escrevendo sobre os temas que estão na minha cabeça mas que não consigo desenvolver pois me faltam condições físicas e mentais. A gente se vê em breve. Agora eu vou lá, tenho que dormir pra recarregar um pouco a bateria, pois amanhã tem mais outra festinha... 

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