Ontem recebi dois casais de amigos aqui em casa. Amigos de longa data, por sinal. Não que amizade verdadeira seja medida por seu tempo de existência, pois não o é. Esse ano tive a prova disso, quando vi terminar uma amizade de dezesseis anos ao me dar conta de que nesse tempo todo não conhecia a pessoa com quem lidava. Mas não quero falar disso. Quero falar nesse texto das AMIZADES de verdade, com todas as letras em maiúsculo.
Como dizia, vieram aqui em casa meus amigos Ana e Anderson, e Márcia e Sérgio, ambos os casais com seus respectivos rebentos, meus sobrinhos do coração. O motivo da reunião foi que faltava apresentar meu cafofo prá Marcinha, mas sabemos que amigo gosta de estar junto, não importa fazendo o quê. Temos passado bons momentos juntos nesses mais de 10 anos de nossa amizade, e hoje não foi diferente. Nosso encontro foi acompanhado por um banquete composto de pizza, sorvete e panetone, além de refrigerante e suco de caixinha. Pra ‘parrudear’ a amizade – usando um verbo criado por outra amiga que um dia aparecerá em alguma das estórias do meu blog – nada melhor do que uma refeição bem calórica – apesar da temperatura de 50 graus que estamos tendo nesse nosso pré-verão carioca.
Conheci a Ana e a Márcia quando fazíamos o Pré-vestibular para Negros e Carentes. Naquela época, nosso objetivo era entrar em uma universidade e a partir daí realizar nossos sonhos, que eram muitos. De lá pra cá, estudamos, trabalhamos, fizemos trabalho voluntário nesse projeto de mobilização social fantástico que é o PVNC, viajamos juntas - na maioria das vezes sem grana, como o inesquecível “Big Pobre” em São Pedro da Aldeia não nos deixa esquecer...- e continuamos a sonhar juntas. Por conta das rotinas diferentes, hoje não nos vemos tanto como antigamente, mas como amizade verdadeira também supera a distância, isso não foi problema prá gente. Hoje eu sou madrinha de casamento da Ana e do Anderson, juntamente com o Sérgio e a Márcia, e esta é madrinha da filha do Anderson e da Ana, e esta por sua vez é madrinha do filho do Sérgio e da Márcia. Entendeu, né? Tamo junto e misturado!
O Anderson eu já conhecia antes de conhecer as meninas. Foi quando eu participava da capela perto de casa, que ele e a família também freqüentavam. Como geralmente rolavam umas festinhas dos jovens, ele era conhecido entre os ‘íntimos’ como Robocop, porque tinha um jeito de dançar, digamos, meio duro..rsrs...Foi uma alegria grande quando os dois começaram a namorar, e alegria maior ainda quando me tornei ‘dinda’ deles. Nesse meio-tempo, Márcia e Sérgio começaram a namorar, e logo ele também se tornou grande amigo meu. Amigo, aliás, de longas conversas sobre a vida, amigo que me dava longos conselhos sobre a ‘alma masculina’, se é que isso existe...(desculpem, mas não poderia perder a oportunidade de fazer essa piadinha – até porque esses meus dois amigos são a prova de que ‘isso’ existe).
Enfim, o tempo passou e chegamos até aqui. Estivemos juntos, curtindo as crianças, falando das nossas rotinas, dos últimos acontecimentos, das coisas engraçadas da vida....demos boas risadas juntos, e foi muito bom voltar a fazer isso com eles. Eu tava mesmo com muitas, muitas saudades deles. Depois, fomos ver a Árvore de Natal da Bradesco Seguros, mais conhecida como Árvore da Lagoa, uma visão belíssima numa noite então já mais fresca, a rua animada, cheia de gente que também foi lá apreciar a árvore.
Chegando em casa, senti vontade de registrar esse momento, pra fazer uma singela homenagem a esses amigos que alegraram minha noite, e também homenagear meus tantos outros amigos que tornam minha vida tão bonita. Sou feliz porque tenho ao meu lado amigas fortes e guerreiras e amigos admiráveis.
Às amigas parrudas, às amigas insolentes, às amigas partideiras, às amigas presidentas, aos amigos xique-xiques e às amizades renovadas esse ano.... e também a todos os outros e outras que não mencionei aqui, mas que estão bem guardados no meu coração...meu “muito obrigada” pelo suporte no amor. Saibam que eu realmente acredito que a amizade verdadeira dá sentido à vida. Vocês dão sentido à minha vida.