terça-feira, 13 de março de 2012

Essa menina que mora na rua


Essa poesia nasceu no ano passado, de um olhar mais atendo ao redor....e me veio com melodia, como uma música....Hoje, eu conheci essa menina. E ela dormia profundamente e serenamente, em uma rua movimentada de uma metrópole Brasileira, ao lado da fachada azul da Blockbuster. (Rio, 13/03/12)

“Essa menina que mora na rua
Que mora debaixo da marquise azul
Essa menina tem sonhos coloridos
Assim como os meus
                     
Sonha em rodar o mundo
Sonha com abraço de edredom quentinho
Sonha em morar em Bruxelas
Ou aqui num lugar legal

Essa menina que mora na chuva
Que se parece com uma flor solitária
E se parece com um girassol
Busca o sol assim como eu

Esssa menina que mora na rua
Que mora debaixo da marquise azul
Busca a palavra que explique o mundo
Que, como eu, ainda não entendeu”

2 comentários:

Bethania Guerra de Lemos disse...

Oh, Mel querida. Que beleza de poema/música. E acima de tudo, que bela percepção. O sonho é pra todos, de todos. A realidade tira a muitos a possibilidade de vivê-lo. Perceber isso e gritar para o mundo é o primeiro passo para que, um dia, seja diferente.
Lembrei de um texto meu, já antigo:
http://bethaniaguerra.blogspot.com/2008/12/mendigos-neoliberales-o-el-vendedor-de.html

Mel Vilanova disse...

Be, querida, obrigada pelas palavras bonitas.
Pois é, no fundo da gente dorme esse desejo de que o mundo melhore...e a base disso tudo, de que todos somos iguais, me levou a essas palavras.
Adoro esse teu texto, lindo demais.
Um beijo grande!