segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Praia Vermelha


Concha de água e sal.
Nela o tempo não existe.
As ondas se quebram em espuma branca. 
Meus pés escondidos na areia dourada,
um livro de García Márquez.


O mar esverdeado,
as montanhas esverdeadas,
a mata esverdeada,
o céu azul.
A brisa me toca o corpo.
O corpo salgado de mar.


Gaivotas sobrevoam os banhistas, 
o som macio da alegria infantil...
Fominha.
Biscoito O Globo..."Olha o picolé!"
Cheiro de queijo na brasa.
Um navio passa ao largo,
e mais ao longe, as praias de Niterói.


Areia molhada,
pés molhados,
corpo submerso...
Renovação.
Desfruto, na paz, meu dia na Praia Vermelha.


(escrito em agosto de 2009)

2 comentários:

Bethania Guerra de Lemos disse...

Ô que bonito, mel poeta!!

Praia Vermelha é mesmo inspiradora. Tive o privilégio de trabalhar ali alguns anos. Da sala dos professores via o mar. Coisa linda.

Mel Vilanova disse...

Eu rabisco umas coisas e de vez em quando algumas ficam mais legais. Vou usar o blog pra expô-las.
Eu adoro esse lugar.
Nesse dia eu tava lá, lendo, pela segunda vez, o Memórias de Minhas Putas Tristes. Já leu? Então, impossível não se apaixonar por algo, ou alguém, quando se lê esse livro, especialmente o capítulo, acho que o terceiro capítulo, em que o personagem principal descreve sua paixão. Aí eu que já sou apaixonada por esse lugar há tempos, saquei um papel e escrevi isso aí.