sábado, 26 de março de 2011

Auto-análise

Já que não tem jeito, assumo esse meu lado teimoso, idealista e um tanto orgulhoso, que por tanto tempo tentei sufocar. Talvez assim, reconhecendo-o, ele se canse de tentar me pregar peças e me deixe seguir meu caminho em paz - assim como as 'pilhas' que os colegas nos pregam sempre perdem força quando não lhes damos atenção. Talvez, ainda, se eu conseguir olhá-lo cara a cara, possa aprender a entendê-lo melhor, e até possamos, daí, estabelecer uma boa convivência. Sei lá, talvez....
Talvez um dia passe esse espanto de me reconhecer menos transigente do que me supunha ser, de me perceber mais fechada e defensiva do que gostaria...Mas esse 'novo eu' que a partir de hoje enxergo, é o mesmo eu que sempre me acompanhou. E com ele devo aprender a caminhar, para meu próprio bem. Por mais que me doa reconhecê-lo em mim...Temos que aprender a caminhar juntos, de uma vez por todas.

6 comentários:

Bethania Guerra de Lemos disse...

E lágrimas bonitas acompanham minha leitura do seu texto, porque me identifico e me reconheço em uma etapa semelhante da vida. Acredito que a maioria das pessoas maravilhosas que tenho ao meu redor vivem agora um momento vital muito rico e fértil, de percepção aguçada sobre si mesmas. A isso chamo crescer. E ainda que näo seja fácil é extremamente belo. Parabéns, Melzinha, por se ver de verdade. Você é linda do jeitinho que é.

Mel Vilanova disse...

Oi Be!
Curioso que em algum momento da elaboração desse texto, me lembrei de você. Talvez porque estávamos comentando coisas no face quando me veio a idéia de escrever isso, enfim...é bom saber que não sou a única diante desse 'admirável mundo novo' que temos dentro de nós e que às vezes ignoramos totalmente. Nem tão admirável, na verdade...Mas brigar com a gente não nos leva a lugar nenhum. Então, após o desconforto de perceber que não sou sempre a 'lindinha simpática fofuxa da mamãe', mas muito voluntariosa e um tanto vaidosa, o que sempre achei tão feio...rs...quem sabe depois do espanto da descoberta, eu me ajuste ao que sou de verdade, e possa enfim começar a separar o joio do trigo de uma maneira mais eficaz. Já separei muito, mas agora percebo que ainda tava na superfície da coisa.
Be, que Deus nos ajude nesses nossos processos!
Um abraço fortão e saudoso,
Mel.

Amanda Guerra disse...

Lindas e amadas, eu que sempre ouvi que era o cão de camisolão chupando manga no ribeirão, tenho me espantado com a serenidade com que passei por certas provações, o equilibrio em determinados momentos e até certa meiguice, por que não? também chamo isso de crescer, sem forte sendo terno como Che ensina.

Mel Vilanova disse...

Meninas, agora entendo que não foi por acaso que nos encontramos, exatamente no momento em que mudanças importantes começaram a ocorrer na minha vida - e nas de vocês também. Não foi por acaso, como nada o é nessa vida. Beijos, gosto demais de vocês.

Valeria disse...

Só passei pra dizer duas coisas:
1 - amo "tus".
2 - tenho mudado tanto, mas tanto, mas tanto, que nem sei o que me espera no fim (ou alguns passos adiante) dessa estrada. Mas tá ótimo: quem não muda é porque já morreu!

Mel Vilanova disse...

Valzita de meu coração, o que disse acima prás duas hermanas, digo pra você: tua entrada na minha vida não foi por acaso.
É, mudar, ou melhor, se aprimorar, é fundamental. Só confunde um tiquinho...mas a gente segue, o importante é seguir a diante.
Um abraço fortão!